Enquanto eu viver

Quanto duro é viver
Como se não bastasse, onde está você?
A minha volta todos caem, e eu em pé!
Todos falam, e eu permaneço calado,
Guardando as minhas palavras
Para aqueles tímpanos que considero apropriados.

Minha palidez expressa claramente
Que o teu amor ainda não veio me aquecer
Sinceramente
É difícil acreditar na sua chegada
É descrença minha, porque não sei onde achar você!

Cada segundo que movimento essa engrenagem enferrujada
Que range em meu peito
Servi para dizer que estou te esperando
E que enquanto você não vem,
Ouço estalos, ruídos, e vozes
Que me dizem para desistir de você,

Mas você é o meu presente
Não vou desistir de você
Cada segundo que digo a mim mesmo que você vira
Lubrifica e desenferruja as velhas e sofridas engrenagens
Do maior e mais terno relógio, em meu peito,
Que conta, em compasso descompassado,
Em uma longa contagem regressiva, esperando a sua chegada!

Não demore, pois estou te esperando,
Não demore porque Ele me prometeu a você
E nada, NADA, nesse mundo, desse mundo, ou de qualquer outro canto
Poderá tirar algo de mim, ou da minha vida
Quando for dado pelo meu Pai!
Amo-te sem nem te conhecer, pois eis promessa do Pai para minha vida!

Por: Felipe R. Paganini de Queiroz